Olha-me de novo a gritar!
Só para ouvir o meu eco.
Falo ao vento, também ele não tem ouvidos.
Também ele me deixa entoar sentimentos, preces, súplicas. Só para me olhar distante, enquanto atiro palavras e sons à beira do precipício, desviando das rochas o olhar por não querer ver o frio gélido.
Concentro-me com esforço no azul-mar límpido, procurando o que nele quero que se esconda, semicerrando os olhos, abrindo e fechando os sentidos, querendo enfrentar e fugir da verdade que quero assumida, da verdade que não quero saber.
Só tu podes saber.
Também o vento me obriga a senti-lo, sem que também ele me sinta.
terça-feira, 22 de maio de 2007
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