quinta-feira, 17 de maio de 2007

Uma gota

E de novo, de novo, mais, de novo e outra vez, novamente. Agarras, puxas, guardas só para ti. Largas. Puxas um pouquinho, mas só um pouquinho, para depois deixares ficar onde quer que esteja.

Muito fácil, tão simples.

Hoje estive no cabo Espichel. Apetecia-me fundir com o mar revolto lá em baixo, tornar-me naquela orla de espuma branca, talvez dar-lhe um outro tom. Só mais uma gotinha na imensidão salgada que ninguém nota que está ali. Como aqui, mas ali sem sentir, sem pensar, sem nem sequer existir. Às vezes peço-o mas aqui estou.

[Domingo, 11 de Fevereiro de 2007]

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