domingo, 5 de agosto de 2007

Liberdade...?

Há muito que dói, continua a doer.

Dói de um modo que irrompe de dentro e atravessa tudo o que sou, penetrando, entranhando tudo de mim por onde passa. Mais do que quaisquer palavras possam transmitir.

Não sei se realmente não percebo ou se me nego perceber. Sem ti tudo fica claro. Nas vozes alheias tudo ganha um sentido embora cruel, limpo. Contigo vem a névoa densa, cegante, de tudo. Mas contigo nada faz sentido pois não? É como se tentasses embrulhar-me a mim e a ti no novelo esgotante em que se tornou tudo o que nos rodeia. Custa-me acreditar que sejas aquilo que sou obrigada a encarar, com os mesmos olhos das vozes alheias que trazem uma explicação. O meu teimoso interior continua a recusar-se...

Não interessa, nada interessa mais a partir daqui.

Nisto tenho que acreditar. Que me libertei do teu mal sem escrúpulos respeitante a mim. Só não consigo fazê-lo deste Amor.

Os pedacinhos translúcidos também continuam, como tu fizeste, sem me dar descanso.

Há-de passar não é? Dizem que o tempo cura tudo. Só me resta esperar e acreditar que o vou ver.

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